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Orange Marmalade

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Marmalade, complemento obrigatório no café da manhã dos ingleses não é, como possa parecer à primeira vista, marmelada. Na verdade, o nome correto é orange marmalade, a mais popular das geléias, feitas em diferentes espessuras mas, sem dúvida, a favorita sobre torradas, com ou sem manteiga.Ao contrário do Brasil onde geléia de laranja, ocupa o fim da fila nas preferências. Morangos, framboesas, frutas vermelhas em geral , pêssego e até abacaxi vêm na frente, entre as favoritas. É só olhar nas prateleiras do supermercado e constatar.

E era essa geléia na versão espessa, com pedacinhos da fruta e pequeninas tiras da casca que eu ganhava de presente da Gillian, minha cunhada, toda vez que visitavamos  David, irmão de meu marido, em Colne, vilarejo desses que parecem ter saltado dos livros, onde a comunidade toda se conhece, incrustado em Cambridgeshire, no coração da Inglaterra.

Assim, pela falta de opções no mercado e com vontade de agradar ao Richard, meu marido inglês, comecei a fazer a tal marmelade que, hoje,modesta à parte é campeã de público e crítica. Gillian orgulhosamente dizia usar laranjas de Sevilha na sua geléia. Já eu, optei pelas nacionais uma vez que temos tantas variedades. Fiz várias tentativas até chegar à favorita, feita com morgota ou bergamota, aquela mexerica de pele fina, com muito suco e de colorido laranja forte.
A mesma receita pode ser feita com outras laranjas como a laranja cravo ou a laranja baía. No caso da laranja baía é preciso tirar a casca bem fina, para evitar a polpa branca que poderá amargar um pouco a geléia.




Ponte sobre o rio Cam, em Cambridge

Paisagem junto a Colne

Ingredientes

6 laranjas morgotas maduras e firmes
Açúcar
Cravo

Como fazer

Lavar bem as morgotas, Em seguida, corte as frutas em 4 partes, separando e reservando as cascas. Tire a fibra branca, central e pique as margotas em pedaços pequenos,excluindo as sementes. O melhor é fazer este processo sobre uma peneira grande, apoiada sobre a panela para que o suco caia na panela e não se perca.

Escolha as  3 melhores cascas das morgotas e corte em tiras bem fininhas. Junte as tirinhas à laranja, na panela com as polpas da fruta e o suco. Junte o açúcar. A medida de açúcar deve ser sempre a metade do volume de frutas. Assim, para 4 xícaras de frutas picadas (incluindo as cascas) 2 xícaras de açúcar. Colocar 4;5 cravos e levar ao fogo alto. Quando começar a ferver,reduza o fogo e vá mexendo. Quando começar a aparecer o fundo da panela a geléia chegou ao ponto certo. A geléia deve ser guardada em vidros muito limpos e esterilizados. Como não há qualquer conservante, é melhor manter a geléia em refrigerador.

Observação: Geralmente 6 morgotes grandes rendem 4 vidros de geléia de 300 g.



Chili and beans

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Foi em meados dos anos 70, numa dessas praças de alimentação típicas dos shopping centers, nos Estados Unidos que provei, pela primeira  vez o chili and beans que logo tentei reproduzir, de volta ao Brasil.

Provavelmente meu jeito de preparar esta típica especialidade tex-mex (a cozinha que mistura influências texanas e mexicanas) seja completamente diferente da original. Não faz mal. O resultado é bem gostoso e sempre agrada. 

Chili, a pimenta que  combina com o feijão neste prato 
Ingredientes

½ quilo de carne moída
4 xícaras de feijão já cozido e temperado (pode usar feijão que tenha sobrado)
2 xícaras bem cheias de Catchup
3 colheres (sopa) de molho inglês
2 pimentas vermelhas , sem as sementes
3 colheres de óleo de milho ou girassol
Sal
1 cebola média,picadinha
2 dentes de alho cortados fininho

Como fazer

Refogar a carne no óleo, fritando bem para que fique soltinha. Juntar a cebola, o alho, a pimenta e refogar. Junte à carne o feijão, misture bem e acrescente o catchup, o molho inglês,  abaixe o fogo e deixe apurar.

Bolo de cenoura à moda da Irlanda

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Oferecido como sobremesa ou como acompanhamento para o chá ou café, o bolo de cenoura é um dos doces mais populares em todo o Reino Unido. E na Irlanda, também. E o que tem de especial para merecer destaque, aqui, como uma lembrança de viagem? É que, diferente do nosso, que é geralmente muito fofo, bem doce e coberto com chocolate, o bolo de cenoura de lá é mais denso, menos doce e tem cobertura de cream cheese. Pode variar um pouco de um lugar para outro mas onde quer que se vá, naquelas ilhas, o tal bolo de cenoura faz parte do cardápio. Pode ser no Starbucks, nos cafés Nero, na rede Imnsonia ou em outro qualquer lugar.

O que provei, no Reino Unido, era mais claro, com cor de cenoura, mesmo. Mas o mais delicioso de todos foi este, que e conheci na Irlanda, feito por minha filha. O açúcar mascavo, dá um tom escuro à massa e, incrementado com nozes pecã e uvas passas, ele ganha status de bolo de festa e ninguém será capaz de adivinhar que se trata de um simples bolo de cenoura.

Açúcar mascavo, nozes e passas neste bolo de cenoura
Muito fácil de fazer, ele vem sendo o bolo escolhido por mim para festinhas da família porque dispensa recheio e agrada a gregos e troianos. Sempre. Em unanimidade.

Ingredientes

2 ovos grandes
140 ml de óleo vegetal
200g de açúcar mascavo
300g de cenoura
100g de uva passa
75 g de noz pecã
180 g de farinha de trigo
1 pitada de sal
1 colher de chá de canela em pó
½ colher de chá de noz moscada
½ colher de chá de mixed spices ( mistura de cravo em pó , canela, etc). Se não tiver, substitua por 1/3 de colher de cravo em pó
½ colher de chá de bicarbonato de sódio
½ colher de chá de fermento em pó

Para a cobertura

200 g de cream cheese (frio)
50g de manteiga
1 colher de chá de essência de bauniha
220 g de açúcar de confeiteiro
Raspas de uma laranja

Como fazer

Bater no liquidificador as cenouras com o óleo e os ovos.
Despejar essa mistura numa vasilha e juntar todos os demais ingredientes, deixando o fermento e o bicarbonato por último.
Levar para assar em forma untada e forno aquecido a 180º.

Quando estiver frio, cobrir com a mistura feita com os ingredientes da cobertura.

Salmão nas Termas de Puritama

segunda-feira, 6 de maio de 2013

O desfiladeiro árido e profundo esconde, na região do Deserto do Atacama, as Termas de Puritama, uma sequência de oito piscinas naturais, com água termal, quentinha (33,5º), cercadas por vegetação harmoniosa, os “rabos de Gato”, que ondulam com o vento e formam  uma proteção natural às tais piscinas.

Chegar às Termas exige, antes de tudo, um carro com boa tração e um motorista habilidoso porque o caminho - ainda que curto - é íngreme, estreito, cheio de curvas e pedregoso. Do alto, a visão do desfiladeiro que fica 3500 metros acima do nível do mar, impressiona pela aridez, pela profundidade do cânion por onde correm as águas do rio Puritama, rica em diversos minerais de poder curativo, velha conhecida das tribos indígenas da região. De perto, impressiona pela beleza  da água que corre nesse terreno seco.

Na aridez do Deserto de Atacama, o oásis das Termas de Puritama


Oito piscinas naturais, interligadas por passarelas


"Rabos de Gato" ondulam com o vento  e  escondem as piscinas

Quando visitei o Atacama era maio, fresquinho por lá , embora o sol estivesse sempre esplendoroso. As termas tem uma estrutura básica de apoio bastante boa com passarelas de madeira unindo as diversas piscinas e banheiros e salas para trocar de roupa para quem, como eu, deseja usufruir daquelas piscinas ainda que por pouco tempo. O passeio incluía também um lanche típico chileno com salmão, azeitonas, queijos e vinhos, riquezas gastronômicas do país.


Um piquenique com sabor chileno

Salmão, vinho, queijos e azeitonas junto à natureza




O que este cardápio tem de especial? Nada e tudo. Porque tem sabor de natureza, de beleza, de simplicidade e de luxo, ao mesmo tempo. Não pretendo aqui ensinar ninguém a comer salmão com queijo acompanhado por algumas galletas, aquelas bolachinhas de sal, típicas da região e muito menos como provar azeitonas, temperadas com o azeite chileno. Mas posso garantir que aquele piquenique à beira das termas teve um sabor especial porque tudo estava em harmonia.

O que fica, aqui, é a sugestão de viver momentos de harmonia, qualquer que seja o lugar onde a gente esteja. Momentos em que todos os nossos sentidos estejam aptos a interagir com olhos de ver, coração de sentir e paladar de desfrutar.

Espaguete com frutos do mar

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Poucas vezes provei um espaguete com frutos do mar tão bom como na ilha de Hvar. Mais exatamente no  Hotel Fortuna, preparado pelas mãos de Magda, a sorridente esposa de Jurica que, junto com o marido e os filhos, tocam o negócio da família, este hotel de apenas 18 apartamentos, no vilarejo de Milna. Antigo sonho da família, postergado pela guerra (1991- 1995), no hotel  tudo é rigorosamente bem cuidado e a simpatia e acolhida da família Tudo faz com que a gente planeje voltar mais vezes a esse pedacinho de paraíso.

Quartos confortáveis (tem até wi-fi grátis), localização privilegiada, em frente ao mar, este pequeno hotel surpreende mesmo é na gastronomia. Não há cardápio no hotel e a cada noite são oferecidas opções que sempre incluem dois ou três tipos de macarrão, risotos, peixes com legumes (geralmente acelga e batatas, regadas no azeite), preparados por Magda. Com quem você aprendeu? "Com minha mãe. Nunca frequentei nenhuma escola de culinária”. Só que a perfeição dos pratos são de um chef estrelado. Tudo regado com o maravilhoso azeite produzido pela família instalada desde sempre nesta bela ilha de terras áridas onde oliveiras e lavanda cobrem as encostas e que o mar azul esverdeado, limpíssimo e os dia de sol convidam a ficar.


Praia de Milna, vilarejo de cem habitantes, na ilha de Hvar, Croácia




Azeite extra virgem produzido pela família

Espaguete com frutos do mar à moda de Hvar

Praia de Milna, defronte ao hotel


Magda

Jurica e o filho, Marino


Esta receita é a minha versão do espaguete com frutos do mar, para lembrar Hvar. Só lamento não ter o mesmo azeite...

Ingredientes

500 gr de espaguete cozido “al dente”
1 cebola média, picada
3 dentes de alho picados
300 gr de lula em rodelas
300 gr de camarão limpo, aferventado
300 gr de mariscos (já fervidos) com a casca
4 tomates sem semente
5 a 6 colheres de azeite
1 folha(s) de louro
pimenta do reino e sal a gosto
salsinha

Como fazer

Aqueça o azeite numa panela grande. Junte o alho, a cebola e refogue por cerca de 3 minutos. Adicione , o camarão e a folha de louro e então os tomates, sal, as lulas, o marisco. Tampe e deixe cozinhar  por 10 minutos, mais ou menos.Junte a salsinha na hora de servir, mexendo rapidamente.

Enquanto prepara o molho, cozinhe o  macarrão  al dente em água fervente com um pouco de sal Sirva em seguida.

Molho Mediterrâneo para salada

quinta-feira, 21 de março de 2013

Regadas a azeite de ótima qualidade, as saladas mudam de gosto. De folhas sem graça e quase sem gosto algum, transformam-se completamente. Provei saladas maravilhosas em muitos diferentes lugares mas é na zona do Mediterrâneo com destaque para Espanha, Itália e Grécia que os temperos delicados e ao mesmo tempo cheios de personalidade transformam as folhas verdes em um prato muito especial.

Mas foi na Itália, quando eu era ainda muito menina que me encantei pela primeira vez com as saladas regadas a molhos ricos, ao azeite que depois eu "enxugava" com pão.

Inspirado na Itália, aí vai um molho para salada, uma variante do tradicional “à italiana” ou como gostam os povos de língua inglesa, o “italian dressing”. É bem fácil de preparar e faz toda diferença.




Ingredientes

Azeite – 6 colheres (sopa)
Sal – a gosto
Vinagre ou vinagre balsâmico – 2 colheres (sopa)
1 tomate maduro
¼ de cebola roxa
½ dente de alho
Opcional: orégano


Como fazer

Corte o tomate ao meio, tire as sementes e rale a polpa do tomate. Depois rale  a cebola roxa e  o alho. Junte o azeite, o sal, o vinagre. Misture tudo para emulsionar  o molho. Sirva sobre saladas de folha.

Banoffi Pie

terça-feira, 19 de março de 2013

A primeira coisa que me veio à cabeça, quando provei este doce, na Irlanda, foi: -  mas por que não se faz isso no Brasil? Afinal, banana e doce de leite são mais do que brasileiros.

Fato é que a Banoffi Pie (uma combinação de ban, banana e toffi, doce de leite) é muito popular não apena na Irlanda mas também no Reino Unido.

Já fiz Banoffi Pie para família, para grupos de amigos e cada vez que preparo esta delícia (uma bomba calórica, também!) não há quem não se admire com esta deliciosa combinação do doce de leite com a banana crua, mais o delicadeza do chantilly e a crocância da base de bolacha.

Muito fácil de fazer, a Banoffi Pie, esse doce de ingredientes tropicais com sotaque inglês é uma excelente dica de sobremesa.



Ingredientes

300g de bolacha (tipo Maizena ou Leite)
2 latas de leite moça cozido  em ponto de doce de leite
6 bananas
Creme chantilly sem açúcar
Manteiga (2 colheres cheias ou o suficiente para dar liga)

Massa da base

Moer as bolachas no liquidificador e juntar manteiga suficiente para dar liga.
Forrar o fundo de uma forma de abrir, com as mãos . Deixar na geladeira por meia hora.

Sobre a massa: colocar o doce de leite e as bananas em rodelas.
Por cima de tudo, creme chantilly batido, sem açúcar. Leve para gelar.