Cocada é quase sinônimo de Bahia. Cocada mole, dura, branca,
queimada, ou aquela cocada - puxa que a baiana Bia, com tabuleiro no Farol da
Barra vendia, sorrindo com seus dentes impecavelmente brancos, tão alvos como a
roupa rodada e rendada e o turbante que, mais do que esconder seus cabelos conferiam
uma dignidade toda especial àquela típica baiana.
No tabuleiro da Bia eu me
esbaldava todas as tardes, na primeira vez que visitei Salvador, no ardente verão
de 65, uma cidade muito mais calma do que a que visitei nos primeiros anos de 2000.
Menor, mais calma, mas sempre animada e
hospitaleira, com gente como a Bia, sempre
sorridente, pronta para agradar. No
tabuleiro da baiana, iluminado ao anoitecer por um fifó eu começava sempre com
o acarajé, caprichado no camarão e no vatapá e, de sobremesa, a cocada. Aquelas
delícias mais a visão do Farol da Barra, imponente sobre a baía de Todos os
Santos são mesmo inesquecíveis.
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Coqueiros no belíssimo litoral da Bahia |
A cocada da Bia nem me atrevo a tentar copiar porque seria
um sacrilégio. Mas em homenagem à Bahia e à inesquecível Bia, aqui vai uma
receita de cocada. Também muito gostosa e que sempre faz sucesso.
Ingredientes
1 coco ralado (fresco)
½ copo de água ou de água de coco
3 xícaras de açúcar
2 ovos inteiros
1 noz de manteiga
3 colheres (sopa-rasa) de maizena
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Calda em ponto de fio |
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Cozinhando até aparecer o fundo |
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Tostados, irresistíveis |
Como fazer
Ponta água e o açúcar numa panela para ferver até chegar ao
ponto de fio. Retire do fogo e misture os outros ingredientes. Volte ao fogo
mexendo sempre até ver o fundo da panela. Deixe esfriar. Coloque a cocada às colheradas, numa forma
untada com margarina e farinha. Leve ao forno médio até tostar. Rende 30 cocadas.
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