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Yorkshire pudding

domingo, 27 de janeiro de 2013

O nome engana porque de pudim, não tem nada. Confesso aqui que eu também me enganei, na primeira vez que vi os “puddings”, num pub, em Ipswich. Abri a boca de espanto porque já tinha me enganado com outro,  “o Black pudding “,  que é um tipo de chouriço servido no English Breakfast, o café da manhã completo, com bacon, tomate, lingüiça, cogumelos e feijão. Ah! Mas tem o Rice pudding, que é  arroz doce e o Bread pudding (pudim de pão) e o Custard pudding (pudim de caramelo) esses sim, com cara de pudim, como nós conhecemos.

Resolvida a questão da palavra - e não vem ao caso aqui porque batizam tantas coisas de diferentes texturas como “pudding” - o  Yorkshire pudding é um clássico da culinária britânica,  que pode ser feito muito rapidamente e é um excelente quebra galho para acompanhar carnes com molho.

Ninguém garante que a receita tenha sido inventada na região de Yorkshire, (a primeira menção é de 1747) no norte da Inglaterra e isso realmente pouco importa. Em todos os rincões do pais pode-se achar o Yorkshire Pudding, especialmente nos cardápios dos pubs, servidos com stews densos, com molhos feitos, geralmente, à base de cerveja preta. Aqui para nós, essa massinha assada, pode muitobem ser usada como complemento, acompanhando saladas ou em lanches rápidos. Você faz, prova e decide.

Yorkshire pudding, especialidade inglesa, típica dos menus de pubs

 


















Ingredientes

1 xícara de farinha de trigo
1 xícara de leite
1 ovo
Rende 12 unidades

Bata todos os ingredientes no liquidificador para obter uma massa mole (como a de panqueca).

Coloque 1 colher (chá) de óleo nas forminhas de cup cake (de alumínio) e leve ao fogo (ou ao forno, se preferir) para esquentar. Quando o óleo estiver bem quente , encha cada forminha até a metade com a massa e leve para assar. O  forno deve estar pré aquecido a 180 graus.

Importante: o óleo precisa estar bem quente para que a massa “frite” rapidamente quando for despejada nas forminhas.

Os Yorkshire puddings crescerão bastante. O que sobrar, pode ser congelado.

Salada de figo

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A primeira vez que pisei na Inglaterra era bem difícil, quase impossível, conseguir uma refeição que escapasse da tal English Heavy Food, a comida tradicional britânica, cheia de ovos, bacon, batatas e frituras. Hoje em dia só come fish & chips (eu adoro, por sinal) o mais popular dos pratos do dia a dia, quem quer porque praticamente todas as culinárias estão presentes em Londres.

E foi lá, no Fifteen, o restaurante do talentoso chef Jimmy Oliver, que eu provei uma deliciosa salada, uma das muitas que ele cria, com base na culinária italiana.


Fifteen, um dos endereços de Jamie Oliver em Londres

Sobre saladas,aliás, valem alguns comentários. Tem muita gente com preguiça de comer salada. Que não vê qualquer atração nelas. E para ser bem sincera, se a opção for alface com rodelões de tomate e umas de cebola, eu também dispenso.

As melhores saladas são aquelas que misturam folhas de várias texturas e sabores: a crocância do miolo de escarola, com a suavidade da alface, o picante da rúcula ou do agrião com a delicadeza da alface mimosa; e o leve amargor do radicchio com a suavidade da endívia e assim por diante. E uma boa salada permite ainda folhas não convencionais entre ós como os brotos de espinafre ou folhas de beterraba. E ainda hortelã, salsinha, manjericão em menores quantidades, apenas para dar aquele toque diferente numa grata surpresa de sabor e aroma.

Naturalmente não é preciso misturar tudo numa única salada; bastará o contraste de duas ou três folhas para conseguir o equilíbrio que faz a diferença. A partir daí vale a criatividade em adicionar mais elementos ou não. Que podem ser azeitonas, frutas frescas ou secas, nozes, amêndoas ou castanha de caju. Tudo vai depender do seu próprio paladar e desejo.


Aqui, a salada inspirada no Fifteen;

Salada com figo

Ingredientes

alface, alface crespa,rúcula, escarola,radicchio
3 ou 4 figos, lavados e cortados em gomos
Raspas de queijo parmesão
Presunto cru em tiras

Misture, numa vasilha funda, três ou quatro diferentes folhas misturando com a mão. Junte os figos , o presunto e tempere com azeite de oliva, sal e vinagre balsâmico.

Por cima, espalhe lâminas de queijo parmesão

A mesma salada pode ser feita substituindo o figo por peras. Neste caso,é preciso descascar as peras e esfregar limão para que não escureçam.

Lasanha vegetariana

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Todas as vezes que visito Dublin, minha parada obrigatória é no Cornucópia, um restaurante vegetariano que fica na Wicklow Street, no centro da capital irlandesa, muito perto da Grafton Street que é ponto obrigatório na cidade e bastante próxima do rio Liffey, que divide a cidade entre norte e sul.

Recomendo a visita mesmo para quem torce o nariz para a simples menção da palavra vegetariano porque o Cornucopia serve verdadeiras delícias, pratos elaborados com muito esmero, uma variedade enorme de temperos, ervas e condimentos e que colocam a culinária vegetariana num patamar muito especial. A casa está sempre cheia mas tudo funciona com muita rapidez. Diariamente são servidas diferentes opções de pratos quentes e também de saladas e sopas. Sempre volto para casa com alguma novidade, como esta lasanha que introduzi no cardápio de casa com grande sucesso.



Ingredientes

10/12 tiras de massa de lasanha
Molho de tomate
2 cenouras médias, cortadas em tiras grossas
A mesma quantidade de abóbora madura
250 g de mussarela em fatias
1 xícara de lentilha

Como fazer

Preparar o molho de macarrão com 1 cebola picada, 2 dentes de alho, refogados em 3 colheres de óleo de milho e 2 de azeite de oliva. Quando a cebola estiver transparente e o alho dourado, acrescente purê de tomate (1 caixa de 350 ml), a mesma medida de água, orégano, sal, louro. Junte a cenoura e a abóbora e deixe cozinhar em fogo baixo, até apurar.

Enquanto isso cozinhe a lentilha em água e assim que estiver cozida, mas ainda firme, escorra e reserve.

No fundo de uma forma refratária, coloque molho e sobre ele tiras de lasanha, sobre a massa, mais molho (com a abóbora e cenoura, metade da mussarela e por cima disso as lentilhas cozidas, uma nova camada de massa e por cima molho e o restante da mussarela. Leve para assar em forno médio, já pré aquecido.

Na hora de servir, você se surpreenderá com as lentilhas misturadas ao molho, numa textura que lembra a da carne moída, no molho bolonhesa.

Pastiera di grano

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Não dá para escolher o lugar mais bonito da Itália. Quem já esteve por lá sabe do que eu estou falando. Cada região tem seu encanto, cada cidade uma peculiaridade, uma beleza especial. Na lista das minhas favoritas – são muitas! – está Siena. No coração da Toscana, a cidade exagera em beleza, especialmente da Piazza Del Campo, a praça onde acontece anualmente a competição do Palio de Siena, onde a presença dominante é o Palazzo Pubblico com sua torre.

Este amplo espaço público rodeado por edifícios seculares, preservados na sua grandiosidade dos tempos medievais e renascentistas é parada obrigatória na cidade que é cheia de ruelas que ali desembocam e a praça é também um ponto gastronômico com restaurantes, bares e cafés que se ampliam na parte externa e permitem a integração de todos nesse cenário de beleza.








Sentar num desses cafés para uma xícara revigorante acompanhada de uma fatia de pastiera di grano, a torta de trigo em grão e ricota, que ali é especialmente deliciosa é um programa que eu recomendo.

E, para recordar ou antecipar a visita a Siena, aí vai a receita.


Ingredientes

Massa
1 xícara (chá) açúcar
1 e ½ xícara (chá) manteiga
3 ovos
5 xícaras (chá) farinha de trigo
manteiga para untar
açúcar de confeiteiro para polvilhar

Misture todos os ingredientes sem trabalhar muito a massa.
Cubra e deixe descansar por meia hora

Recheio
250g de trigo em grão (deixado de molho em água fria, de véspera)
½ litro de leite quente
1 pitada de sal
Raspas de limão
1 colher (sopa) açúcar mais
2 xícaras (chá) açúcar
½ kg ricota fresca e amassada
3 gemas
1 pitada de canela em pó
1 colher (chá) essência de baunilha
200g frutas cristalizadas picadas
200g passas sem sementes
3 claras em neve (cerca de 120g)

Passe o trigo por água fresca, leve ao fogo com bastante água e deixe ferver por 15 minutos. Escorra e leve ao fogo com o leite, o sal, o limão e a colher de açúcar. Tampe a panela e deixe cozinhar lentamente até secar o leite. Deixe esfriar e retire a casca de limão.

Separadamente, junte os ingredientes restantes, menos as claras.
Misture com o trigo reservado e bata bem.
Por fim, junte as claras.

Finalizando
Abra a massa e forre o fundo e a lateral das formas (2 formas de aro removível), untadas com manteiga.
Coloque o recheio, faça tiras finas com as aparas da massa e monte um xadrez na superfície.
Asse no forno pré-aquecido 180ºC, cerca de 30 minutos.

Depois de frio, polvilhe com o açúcar de confeiteiro.

Cookie de chocolate

domingo, 13 de janeiro de 2013

O verão é escaldante, em New Orleans. E num desses julhos muito quentes estive na capital mundial do jazz, na encantadora cidade da Lousiania que gurda lemb rança dos colonizadores franceses, dos espanhóis e especialmente da cultura negra que acompanha o rio Mississipi.

O que isso tudo tem a ver com cookies? Nada e tudo. É que, depois de muito caminhar sob o sol forte, de perambular pela cidade antiga, o Latin Quarter, de ouvir música, de me encantar com tudo, chegou a hora do descanso, num hotelzinho pelo qual ninguém dava nada. Limpo, confortável, honesto. Até que, minutos após entrar na cama, um aroma irresistível de baunilha e chocolate começou a invadir o corredor. A grata surpresa estava alí. Na porta de cada quarto havia um pacote com cookies de chocolate e macadamia, quentinhos, saídos do forno. O melhor boa noite que já recebi de um hotel.

A receita abaixo é a versão para o cookie de tão deliciosa lembrança.


Cookie de chocolate

Ingredientes:

2 ½ xícaras (350 gramas) farinha de trigo
¾ colher de chá de bicarbonato de sódio
Uma pitada de sal
1 xícara (225 gramas) de manteiga sem sal, em temperatura ambiente
1 xícara (215 gramas) de açúcar mascavo
¾ xícara (150 gramas) açúcar refinado
2 ovos (temperatura ambiente)
1 colher de chá de essência de baunilha
400 gramas de gostas de chocolate ao leite ou meio amargo
200 gramas de nozes (de sua preferência) tostadas e picadas

Misture a farinha, bicarbonato e sal numa tigela e reserve.

Bata a manteiga, açúcares, ovos e essência de baunilha na batedeira até ficar homogêneo.

Adicione a mistura da farinha e combine bem. Ao final adicionar as nozes e o chocolate.

Enfarinhar uma superfície e enrolar a massa na forma de um salame grosso. Embale em filme plástico e coloque no refrigerador por pelo menos 24 horas.

É importante deixar a massa esfriar e endurecer antes de assar.

Pré aqueça o forno em 180 graus e corte o “salame” em fatias da grossura desejada. Asse por aproximadamente 10 minutos.

Quando as bordas estiverem marrom mas o miolo ainda claro, o biscoite ficara  puxa-puxa por dentro. Se o biscoito estiver marrom por completo, ele ficará mais crocante.

Espere esfriar para servir.