Recent Posts

Recent Comments

Popular Posts

Struffoli

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Entre as cidades italianas, Nápoles está, certamente, entre as mais conhecidas dos brasileiros graças ao grande número de descendentes de napolitanos que imigraram para o Brasil. Quem pensa que a gastronomia de Nápoles se reduz a pizza, engana-se. A bela cidade à beira do Mediterrâneo é também célebre por vários preparos de peixe ( frito misto é um sucesso!)e também  por seus doces, servidos durante todo o dia e até no café da manhã. E pela simpatia de sua gente, claro. 

E, entre as doces criações  de Nápoles está o struffoli, um doce típico do Natal. Nunca passei o Natal em Nápoles mas Nápoles sempre esteve presente no meu Natal com o Struffoli que vem fazendo a alegria das crianças da minha família, em todas as gerações. Hoje, são meus netos que simplesmente exigem participar do preparo do doce, depois devidamente "atacado" pelas mãozinhas gulosas.. Struffoli nada mais é do que uma porção de bolinhas de massa frita, unidas por mel e arrumadas geralmente em cone, como uma árvore de Natal. Do preparo, todos participam e, produzida  a massa, começam a "surrar" a preparar os rolinhos e a cortar os pedacinhos em clima de festa.  Struffoli pra mim tem paladar de Natal, gosto de família, sabor de alegria.













Ingredientes

1 quilo de farinha de trigo para a massa e mais farinha suficiente para manusear a massa
5 ovos inteiros
água morna para ligar a massa
óleo para fritar
1 vidro de mel (350ml) e açucar (5 colheres) para a montagem



Preparo

Colocar toda a farinha numa tigela, fazendo um ninho no meio, onde serão colocados os ovos (gema e clara juntos).
Incorporar a farinha aos ovos e, aos poucos, juntar a água morna, até que a massa forme uma bola lisa. Se precisar, vá juntando mais farinha, durante o manuseio, polvilhando as mãos.

Em seguida, sove bastante essa massa, que é resistente como massa de macarrão.

Dessa massa serão feitos rolinhos (as "cobrinhas”, para as crianças) e cortadas em pedacinhos como se fossem pequenos nhoques.

Esses pedacinhos são fritos em óleo bem quente e escorridos em papel toalha.

Depois de tudo pronto, colocar o mel e o açúcar numa panela , deixar ferver por uns 5 minutos em fogo alto ( ou até ficar mais espesso) e colocar aí os struffoli, mexendo tudo junto, para que absorvam o mel.

Arrumar em forma de árvore de natal num prato redondo



Pode enfeitar com uvas passas, nozes etc.

Quiche de queijo

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O trem nos levava de Paris a Nice. Tudo era extremamente excitante: a cabine, um daqueles compartimentos fechados como a gente vê em filmes, com um corredorzinho estreito do lado de fora, um carro restaurante com toalhas de linho na mesa, copos de cristal. e o verdadeiro serviço à francesa que incluía também o tableau de fromages, na sobremesa. Em casa sempre tínhamos queijos variados mas assim apresentados, como sobremesa, foi a primeira vez. Provei, encantada, a variedade de queijos que fez a França - com seus mais de 300 tipos -  famosa desde os tempos do Império Romano quando já produzia alguns deles na Gália.

Eu era então uma menina de uns sete anos e aquele desfile de Brie, Camembert,Roquefort, Caprice dês Dieux, e outros tantos  de crosta mole ou crosta dura, duros ou macios, redondinhos ou achatados entre tantos ficou indelével na minha memória. Este foi o sabor da França que trouxe comigo, um sabor de encantamento. Meu repertório de cozinha não inclui muitas receitas da culinária francesa clássica, aquela toda elaborada, rica em manteiga e cremes mas tem, sim, adaptações ou releituras para quem não tem muito tempo para ficar no fogão e que me remetem à França.

E, em homenagem aos queijos deixo aqui minha receita de quiche que eu faço sempre que sobram vários pedaços de queijos de diferentes texturas e sabores. Juntos, derretidos fazem uma deliciosa mistura para esta quiche caseira, muito simples, mas bem saborosa. E que me perdoem o atrevimento, os chefs franceses.



Queijos variados e lembranças da França nessa quiche caseira

Quiche de queijo

Para a massa
100g de manteiga
2 ¹/² xícara de farinha de trigo
Sal
Água morna para ligar

Para o recheio

3 xícaras de queijos picados em pedacinhos pequenos ou ralados ( queijo minas, muzzarela, queijo prato, gorgonzola, ou o que tiver à mão)
4 colheres de queijo parmesão ralado
3 ovos
1 xícara de leite
Noz moscada
Pimenta do reino

Como fazer:

Misture a manteiga com a farinha com sal, até que fique bem incorporado. Vá juntado água morna aos poucos, amassando até que forme uma bola de massa, bem lisa.
Deixe descansar por uns 15 minutos.
Abra a massa com o rolo, forre uma forma (25 cm) untada e as laterais .

Numa travessa, bata os ovos como se fosse para omelete, junte o leite, tempere com noz moscada e pimenta do reino. Junte os queijos, misture tudo e coloque sobre a massa.
Leve para assar em forno quente, a 180 graus.

Salada grega

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Cartão postal não apenas de Atenas mas da própria Grécia, o Partenon dispensa apresentações. O mais importante dos edifícios da Acrópole posa sua beleza secular e majestosa, testemunha da história há mais de dois mil anos. Andando por aí, no mesmo lugar em que Sócrates caminhava, impossível não pensar em tudo que aquelas colunas rigorosamente alinhadas testemunharam!


No sopé da Acrópole fica Plaka, um bairro boêmio, um lugar encantador e indispensável a quem visita a capital grega. São dezenas de pequenos restaurantes com mesinhas na calçada, num emaranhado de ruas de onde se vê o  Partenon iluminado. Simplesmente mágico. Saborear um copo de vinho acompanhado de azeitonas gregas seria mais do que suficiente mas os gregos, como um bom e comunicativo povo mediterrâneo não permitirão que qualquer pessoa saia de lá sem ter provado algumas das delícias da sua culinária.

Peixes, crustáceos, polvos, lulas, berinjelas, queijo de cabra, azeitonas e azeite de oliva são os elementos que me remetem à Grécia que visitei  num outono, quando as temperaturas  amenas e o menor volume de turistas permitem aproveitar melhor toda essa beleza .


Salada Grega

Na Plaka ou onde quer que você vá, a salada nacional na Grécia é composta de alface de folhas firmes ou as folhas do miolo da escarola, tomate cortado em cubinhos, pepino em pedacinhos pequenos, azeitona e queijo feta, o típico queijo grego, também cortado em cubinhos. Sabor de Grécia que ainda tenho comigo, muitos anos depois de ter visitado Atenas. Fácil de copiar, com certeza e, na ausência do queijo feta, que tem um sabor pronunciado, basta substituir por queijo branco meia cura ou queijo de coalho ou até mesmo ricota. Generosidade no azeite de oliva, pouco sal e limão com moderação. Mas capriche na azeitona preferindo as pretas, carnudas. Gregas, por sinal.

Cup Cake

sábado, 1 de dezembro de 2012

Pode ser no Starbuck"s ou no Café Costa ou ainda no Nero, redes de cafeterias bastante populares em  todo o Reino Unido e na Europa toda, em geral.. Em todos esses lugares e em muitos outros, uma paradinha para o café vai incluir um muffin, aquele bolinho cabeçudo ou um cup cake, primo do muffin, um pouco menor, algumas vezes coberto de creme espesso, amanteigado, colorido ou não.

São bolinhos para acompanhar o chá ou café. Só isso. Mas bastou atravessar o Atlântico para o bolinho virar uma coisa chique, um item de luxo, na vitrine da “cupcakerias”.Quem viveu um pouquinho mais - como é meu caso - deve se lembrar que qualquer padaria de bairro tinha um bolinho assado em forminha de  papel que, sei lá porquê, chamavam de bebezinho. Muitas vezes eu levava para a escola, na lancheira, o tal bolinho, versão tupiniquim do cup cake, que começou a sumir  das padarias quando surgiram os bolinhos  industrializados, desses que ainda estão por aí, cheios de açúcar, corantes e conservantes.

Cup cake, assim batizado porque, pela inexistência de forminha nos Estados Unidos do século 19, era assado em  xícaras (cup),  é bem gostoso quando preparado como se deve, com bons ingredientes. É  versátil, lúdico, vem em porções individuais, pode ser comido com as mãos e serve até de lembrancinha em  festas, Acima de tudo é rápido e fácil de fazer. Sucesso garantido. Há inúmeras receitas de cup cake e esta é a mais simples que conheço e que serve como base para outras versões.



Cup Cake básico

Ingredientes

1 xícara de farinha
¾ de xícara de açúcar
1¹/² colher (chá) de fermento em pó
3 colheres (sopa) de manteiga sem sal
½ xícara de leite
1 ovo
Essência de baunilha
Sal - 1 pitada

Como fazer

Bater a farinha, o açúcar, o sal e a manteiga em velocidade baixa, até formar uma farofa. Juntar devagar metade do leite.
Em vasilha à parte bater o ovo, o restante do leite e a baunilha. Juntar isso à mistura anterior e bater aos poucos, só para incorporar.

Assar em forno pré aquecido, a 180ºC. Rende 10 unidades.

Para fazer a versão de chocolate, use a mesma receita sendo que meia xícara de farinha e meia xícara de chocolate ou cacau em pó. Não use achocolatados .

Pasta e fagioli

Marcello Mastroiani estava no apogeu de sua beleza. La Dolce Vita bombava nos cinemas e eu, em Roma. Clima perfeito para uma adolescente sonhar com um latin lover. Bom, tudo isso pra contar que, para minha alegria, meu pai descobriu uma cantina familiar, a Trattoria Due Macelli que ficava na rua do mesmo nome, perto da Via Del Trittone, dirigida por dois irmãos. Um dos quais podia ser gêmeo do Mastroiani.

Era uma típica trattoria romana, com uma mesa cheia de antipastos, logo na entrada - cacciofini, presuntos, salames, queijos, abobrinhas e berinjelas grelhadas, vários tipos de azeitona, funghi  e pratos fundos com pasta e fagioli  fria, entre tantas outras delícias muito bem vindas no verão romano de 40ºC.  Foi na Due Macelli que eu provei pela primeira vez, por insistência do Mastroiani de plantão, pasta e fagioli fria. Meio cismada encarei o prato que já era meu velho conhecido servido quente e  não me arrependo. Era mesmo uma delícia. Saborosa, substanciosa, esta sopa de feijão com macarrão fria ainda rendeu um sorriso aberto do bonitão e suspiros da adolescente.




Pasta e fagioli

Esta receita é básica  mas existem muitas variantes de pasta e fagioli, por toda a Itália.

350 gr de feijão cozido
250 gr de macarrão curto (ave maria, pai nosso ou semelhante)
1 dente de alho
1 talo de aipo
6 tomatinhos
majericão
azeite (3 colheres)
sal
pimenta

Como fazer

Coloque o feijão na panela, cubra com água. Junte o alho, tomate, salsão e manjericão e o azeite e deixe cozinhar por mais ou menos  10 minutos em fogo médio.
Aumente o fogo e quando ferver junte o macarrão. Quando estiver cozido, desligue o fogo, junte a pimenta e deixe descansar por 5 minutos antes de colocar nos pratos. Deixe esfriar naturalmente e na hora de servir regue com azeite de oliva e cubra com queijo parmesão ralado.
Rende  4 pratos

Variante : Outra possibilidade é usar o feijão que sobrou pronto e temperado. Nesse caso, se estiver muito grosso, dilua com água fervente, junte tomate, salsão (pode substituir por cenoura picadinha), deixando cozinhar por 10 minutos. Depois junte o macarrão e proceda da mesma forma.